A bússola é um instrumento de navegação e orientação. As bússolas são geralmente compostas por uma agulha magnetizada colocada num plano horizontal e suspensa pelo seu centro de gravidade de forma que possa girar livremente, e que orienta-se sempre em direção próxima à direção norte-sul geográfica de forma a ter a ponta destacada - geralmente em vermelho - indicando o sentido que leva ao sul magnético da Terra, ou de forma equivalente, a um ponto próximo ao polo norte geográfico da Terra.
O uso da bússola para fins precisos requer que se tenha em mãos também um mapa cartográfico que indique a correção a ser feita na leitura bruta da bússola a fim de se localizar o norte geográfico corretamente. Tal correção deriva não apenas do fato dos polos magnéticos e geográficos não coincidirem precisamente mas também do fato de a leitura da bússola ser diretamente influenciada pelas condições ambientais locais - a exemplo pela grande presença de material ferromagnético no solo. As cartas de navegação normalmente apresentam tal informação sob o nome de "declinação magnética" do local.
Hoje vou tentar passar um pouco de navegação com bussola através de pontos de referência, seja no mapa ou no visual.
Antes de começar quero passar algumas informações sobre a bussola.
"Linha de Fé" ou "Proa" (imagem 1) é a seta que indica a direção que você quer e/ou necessita se direcionar. Nas bussolas tipo militar, possui uma linha fina de metal pra indicar a direção (imagem 2).
Na bussola de Trekkin (imagem 1) o "Limbo" é móvel, ou seja, você pode movimentar para facilitar a navegação, pois dessa fora não há necessidade de ficar girando a bussola para fazer a leitura dos graus. Tendo este conhecimento básico, vamos para a parte mais interessante do assunto. A navegação.
ATENÇÃO! Antes de entrar no mato com uma bussola, procure treinar em lugares públicos, abertos e não tenha vergonha de parecer um louco andando com uma bussola e um mapa. Lembre-se, melhor ser um louco, do que ser um louco perdido no meio do mato.
Vamos observar a primeira imagem e tentar imaginar o trajeto utilizando a imagem apenas como referência, e não como informação fiel aos indicativos de proa (ou graus da linha de fé).
Imagine que você está no ponto A e quer chegar até o ponto B:
A proa vermelha indica a sua Ida e a preta a sua Volta. A proa de ida é de 90º, caso precise voltar, como saber que proa seguir? Se a sua proa for menor de 180º, basta somar a sua proa 90 + 180 = 260º (sua proa de volta). Simples! Se a sua proa for maior que 180º é só subtrair da sua proa os 180º. Caso a proa seja 360º basta girar ou inverter 180º e pronto. Neste caso a proa sempre será o lado inverso.
Partindo do ponto B, encontramos dois caminhos. O ponto B para o ponto C possui uma considerável inclinação de rota torando a caminhada provavelmente mais longa. Porém do ponto B para o ponto D, temos um obstáculo (um lago, no caso acima) e teremos que contornar. O que fazer? O obstáculo será contornado através de marcações de proa, como: Do ponto B para o desvio são 120º, apartir do desvio são 30º para alcançar o ponto D. A outra forma é a medição direta de proa do ponto B para o ponto D e através da técnica de contagem de passos, contornar o obstáculo. Como assim? Do ponto B até o desvio são 50 passos, logo para retornar o mais preciso possivel a proa que me levará diretamente para o ponto D, basta contar o mesmo numero de passos, contornando o obstáculo sem a necessidade de marcação de graus a partir do desvio para o ponto D.
Navegação com bussola é simples, e por ser simples, podemos em algum momento deixar escapar algum detalhe que poderá por a perder toda a rota, então o uso da proa inversa será necessário e um novo plano de navegação poderá ser elaborado.
Espero ter ajudado a entender um pouco sobre navegação e utilização da bussola.
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